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Ansiedade, até onde é normal

Atualizado: 14 de set. de 2022

A ansiedade comum é uma reação normal diante de situações novas tais como, uma prova, um evento importante, como o nosso casamento ou nascimento de um filho. São momentos que podem provocar medo e expectativa por não termos controle total sobre o acontecimento, o que é considerado normal. Entretanto, a ansiedade pode se tornar um problema, quando vem acompanhada de sintomas mais graves afetando aspectos da nossa vida e alterando os prováveis resultados. Por exemplo, não conseguir dormir antes de realizar uma prova. O resultado seguramente será alterado, pois poderá faltar a disposição física e a concentração que uma prova exige.


Existe também o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) que é um distúrbio caracterizado pela "preocupação excessiva ou expectativa apreensiva", de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV). Um dos principais sintomas desse transtorno é a preocupação excessiva com uma questão, mesmo o indivíduo sabendo que sua preocupação é exagerada, não consegue controlar suas reações.


Os sintomas da ansiedade podem ser divididos em físicos e psicológicos. Constante tensão ou nervosismo, sensação de que algo ruim vai acontecer, problemas de concentração, medo, descontrole sobre os pensamentos, principalmente dificuldade em esquecer o objeto de tensão, preocupação exagerada em comparação com a realidade, problemas para dormir, irritabilidade, agitação dos braços e pernas, são considerados sintomas psicológicos e a dor ou aperto no peito e aumento das batidas do coração, respiração ofegante ou falta de ar, sudorese exagerada, tremores nas mãos ou outras partes do corpo, sensação de fraqueza ou fadiga, boca seca, mãos e pés frios ou suados, náusea, tensão muscular, dor de barriga ou diarreia, são considerados sintomas físicos.


A ansiedade pode virar doença quando sentida com muita intensidade atrapalhando o desempenho das atividades rotineiras, nas relações pessoais ou de trabalho, onde ela pode se tornar uma pessoa indesejada e ficar ainda mais isolada ou ser excluída das dinâmicas do dia a dia. Caso isto aconteça, pode vir a agravar mais o quadro e ainda desenvolver sintomas de outras doenças, como depressão, alcoolismo, dependência de drogas ou até pensamentos suicidas. Neste momento, ela, a ansiedade está passando dos limites, e, consultar um especialista se faz necessário, para evitar futuras complicações. Em alguns casos, os sintomas físicos podem até ser confundidos com um infarto, devido a sua intensidade.


Todos vivenciamos algum tipo de pressão ou trauma nas diversas fases de nossa vida, seja na infância, adolescência ou como adultos. Estas situações nos preparam para enfrentar as adversidades da vida, e como adultos que somos, desenvolvemos dinâmicas de atuação única. O fato é que, a forma como a vida funciona depende de vários fatores, desde a gestação até o momento atual do indivíduo, ou seja, como ele se vê, quais seus objetivos de vida, sua forma de pensar, sentir e agir. Sendo assim, algumas pessoas são mais propensas à ansiedade do que outras, e alguns fatores como o modelo de pensamento, linhas de raciocínio e como encara as situações do dia a dia, são agravantes ou atenuantes dos sintomas.


A realização de atividade física regular, tomar sol diariamente e atividades relaxantes, em qualquer idade, são algumas das formas de fazer com que o corpo aumente sua produção de serotonina, “o hormônio da felicidade”. No entanto, a ansiedade, uma vez diagnosticada, deverá ser tratada com psicoterapia ou terapias integrativas e em alguns casos com medicamentos.

Na psicoterapia o psicólogo levará o cliente a compreensão do sentido e significado dos seus sentimentos ou de suas vivências que desencadeiam a ansiedade, e a partir da escuta trabalha para ampliar o campo perceptivo do cliente, contribuindo para redução dos sintomas e eliminação dos gatilhos que disparam a ansiedade.


As terapias integrativas, como a meditação, são “novas” ferramentas para gerar maior harmonia física e emocional, restabelecendo energeticamente o equilíbrio e ajudando o indivíduo a responder melhor aos gatilhos antes disparadores de crise, tratando assim dos sintomas, e trabalhando na base do problema.

A ansiedade pode ser tratada e até prevenida ao se perceber os sintomas mais suaves. As terapias trabalham para acessar o trauma, raiz do problema, que por sua vez que levanta barreiras, seja de racionalização ou resistência.

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As intervenções medicamentosas atuam com a função de reduzir a hiperatividade cerebral a um nível funcional do indivíduo, não devendo ser usados longos períodos e sem orientação especializada, funcionam com os sintomas, sem trabalhar na origem do problema.


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