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Cabe a você observar o seu corpo antes de tomar uma decisão

Atualizado: 21 de mar. de 2024

Convidar um amigo para jantar é uma decisão consciente. Brigar com esse amigo nesse jantar é uma decisão inconsciente. Não estou falando que você está errado em brigar, aliás também não estou falando que está certo. Também não estou falando que tomar uma decisão amparada nas suas emoções é errado... Várias das decisões importantes que tomamos na vida “vêm” carregadas de emoções. E... quantas vezes precisamos mesmo é de brigar com aquele amigo que tá sem noção né?


Esse é apenas um exemplo de que as tomadas de decisão são em parte, inconscientes e quem reina no inconsciente é a emoção. Por isso, cabe a você observar o seu corpo antes de tomar uma decisão. Por que observar o corpo? As emoções são a linguagem do corpo. Quando sentimos algo estamos visceralmente “mexidos, tocados” por aquela experiência. E assim, tão envolvidos, com certeza vamos tomar decisões... seremos transformados pela experiência.


Eu te convido a observar o seu corpo para que fique mais fácil nomear a emoção que está sentindo. Depois, analise se essa emoção é adequada a situação e, assim poderá decidir se deseja reagir a experiência ou se prefere dar tempo para si e dedicar toda a sua atenção em retornar a um estado de equilíbrio emocional.


Continuando o exemplo acima:

Você começa a ficar quente com os comentários que seu amigo está dando as suas histórias. Você se percebe apertando as mãos, ficando com o corpo tenso, quem sabe até pressionando a mandíbula. Começa a perceber também que seu tom de voz aumentou desde o início do jantar.

Ah! Você consegue então perceber que está com raiva!


Você decide ir até o banheiro. Lá respira fundo algumas vezes, molha o rosto e antes de voltar para a mesa chega a se perguntar “por que mesmo eu quis sair com o fulano?”. A resposta vem com uma sensação intensa no peito, sua mente começa a lembrar de como vocês já foram felizes juntos, a resposta a sua pergunta está baseada em décadas de uma amizade prazerosa. Você percebe então que quer tentar mais uma vez. Ou quem sabe precise de mais tempo longe desse amigo. Seja qual for a decisão tomada, tudo bem, apenas escolha com consciência, assim não vai precisar ficar “remoendo” uma briga durante semanas, gastando energia e tendo pesadelos.


🦋Gabriella Vale

Psicóloga e professora de meditação




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