Meditar não é milagre, mas parece um
- Gabriella Vale Bentes

- 27 de out. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 4 de nov. de 2022
Milagre é um acontecimento extraordinário, incomum ou formidável que NÃO pode ser explicado pelas leis naturais. A ciência explica, estuda, esclarece o que acontece com nosso cérebro e corpo ao meditarmos. Ainda assim, são impressionantes as consequências que surgem na vida de quem medita.
Realmente parece um milagre o fato de que apenas fechando os olhos e respirando profundamente, parte dos nossos “problemas” começam a diminuir. Até pode parecer que isso seja um escapismo, uma passividade diante da vida, a construção de um mar de rosas numa piscina de plástico.
Porém, o que acontece quando meditamos é que conseguimos olhar para os “problemas”, sem ficar apenas falando mal deles. Olhamos eles de frente, sem maquiagem, sem disfarce, só com a respiração. E nesse momento, uma espécie de milagre começa a acontecer: entramos em contato com o mundo espiritual que nos habita.
As pessoas sempre me perguntam qual a minha religião e, honestamente respondo “não sinto falta de ter uma religião depois que comecei a meditar”. Acontece que meditando todos os dias sinto que encontro em mim mesma um templo sagrado. E sim, durante o dia eu saio desse templo e vou resolver os problemas do dia a dia, as vezes com a minha criança interior, outras vezes com a minha adulta empoderada.
Mas quando paro para meditar, percebo que EU SOU maior que qualquer problema. Os problemas quase que só existem poque eu existo. E eles não se dissolvem num passe de mágica (para isso preciso de muita terapia) mas ao entrar em contato com esse EU SOU consigo descansar profundamente, e é no descanso que o cérebro desenvolve novas soluções. Meditar é recarregar energias; é ajustar o tamanho dos problemas; é perceber que nada é mais valioso que a vida. E que talvez nem tenhamos noção do real tamanho da vida.






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