A importância das memórias de infância para a constituição do psiquismo humano
- Gabriella Vale Bentes

- 5 de out. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 27 de jun. de 2023
Aprimorando o prazer e evitando o desconforto são impulsos inatos nos seres humanos, desde a infância. Quando éramos bebês, pequenos, indefesos e vulneráveis, aprendemos, de acordo com as experiências vividas, que para aliviar a dor (fome, desconforto físico, sujeira), era necessário agir de alguma forma: chorar, gritar, atrair a atenção de alguém. A habilidade de buscar ajuda é vital para nossa sobrevivência no mundo.
Agora, imagine se, em alguma situação, chorar e gritar não fosse suficiente para aliviar a dor. O que teríamos aprendido? Que pedir ajuda não adianta? Que talvez seja melhor nos conformarmos com a dor?
Segundo Freud, a capacidade de buscar o prazer e evitar o desconforto constitui o início do desenvolvimento psíquico humano. Mesmo em uma idade em que ainda não compreendemos que o seio materno é algo externo ao nosso corpo, o movimento em direção a ele ajuda o bebê a criar memórias. Nossas memórias de infância constituem a história de nossa vida. Como contamos nossa própria história?
A maneira como a mãe experimenta a amamentação influencia a relação do bebê com a saciedade. É curioso observar que, em alguns momentos, o bebê pode sugar o seio, mas não beber o leite, demonstrando prazer e o início do brincar. No entanto, é necessário impor limites, afinal, a mãe também tem outras responsabilidades e não pode ser "apenas um brinquedo". Você consegue estabelecer limites quando algo é prazeroso? E quando isso pode machucar alguém, inclusive a si mesmo?
À medida que crescemos, nos tornamos crianças, adolescentes e adultos, nos tornamos cada vez menos dependentes de nossas mães, pais e cuidadores. No entanto, algumas dessas memórias são fundamentais para nosso desenvolvimento e continuam a moldar nossa personalidade. As meditações de cura da criança interior oferecem oportunidades para revisitar memórias infantis e transformar nossa personalidade.






Comentários